O Brasil possui a matriz energética mais renovável do mundo industrializado com quase 50% proveniente de fontes hídricas, de biomassa e etanol, além das energias eólica e solar. As perspectivas de crescimento para as próximas duas décadas na geração de energias renováveis são muito positivas, principalmente para reduzir a dependência hidrelétrica.

Os estados do nordeste brasileiro são literalmente fontes inesgotáveis de energia limpa, como por exemplo, o estado de Pernambuco que irá receber em breve a maior usina de energia solar da América Latina, e os estados do Ceará e Rio Grande do Norte, responsáveis pela produção de energia eólica saltar de 0,4% para 8,8% em dez anos.

Apesar dos excelentes resultados com os recordes de produção de energia eólica e fotovoltaica registrados nos estados do Nordeste, as outras regiões do país, como a Sudeste, deverão encontrar dificuldades e intermitências no fornecimento de energia porque ainda não foram implantadas linhas de transmissão e sistemas operacionais.

Portanto, pela terceira vez em duas décadas o país enfrenta grande dificuldade na geração elétrica por causa da escassez hídrica, que representa mais de 60% na produção, seguida pela eólica com quase 10%, biomassa e biogás, com cerca de 9% e a solar que deve encerrar 2021 com pouco menos de 3%.